Saúde
A palavra-chave é prevenção
Com uma elevada taxa de cura, câncer de próstata exige uma série de exames de precaução e diagnóstico; cerca de 68 mil brasileiros são acometidos pela doença
Paulo Rossi -
Novembro está a caminho e com ele um importante movimento de conscientização: o Novembro Azul. A campanha é destinada aos homens e tem foco na prevenção ao câncer de próstata. A doença ainda é tabu entre muitos homens e exige a realização de exames com regularidade, principalmente pelo fato de ser assintomática. Uma série de procedimentos podem ser realizados para prevenir o desenvolvimento do tumor e há muitas formas de tratamento.
O diagnóstico do câncer de próstata pode ser feito através de diferentes métodos. A medicina utiliza quatro diferentes modos para detectar a doença e que também são métodos de prevenção. O antígeno específico prostático (PSA) é um exame realizado junto aos pacientes para analisar se o paciente possui o tumor. O tradicional exame de toque, no qual o médico procura nódulos na próstata do paciente é uma maneira de identificar a doença. Segundo o urologista Saulo Recuero, a biópsia, mesmo trabalhosa, ainda é o método que realmente confirma que o paciente possui o tumor. Pouco utilizado em Pelotas, a ressonância da próstata é um método crescente na medicina para diagnosticar a doença.
Em homens brancos, recomenda-se que os exames sejam realizados a partir dos 50 anos. Em homens negros ou pessoas que possuam histórico familiar da doença, a orientação é que o exame seja feito a partir dos 45 anos. “Por uma questão genética, ligada a fatores biológicos, homens negros e pessoas que possuem esse histórico na família são mais propensas a ter o câncer e de maneira mais agressiva” destacou o doutor. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), pacientes que tenham familiares que contraíram a doença possuem uma chance dez vezes maior de contrair o câncer. A doença tem cura e, com um diagnóstico precoce, no tempo certo, o tratamento pode ser realizado com uma maior tranquilidade.
Mesmo considerada “silenciosa” por não apresentar sintomas, a doença pode mostrar sinais conforme o estágio de desenvolvimento do tumor. Quando o paciente que tem o câncer está uma fase avançada, pode apresentar dor óssea e alterações na função renal. Sempre deve se procurar um urologista para realizar uma consulta e todos os procedimentos necessários.
Incidência
O câncer de próstata é o 5º fator de maior mortalidade masculina. Entre todos os tipos de tumor que acometem os homens, a doença representa 30% dos casos. No Brasil, há um registro de aproximadamente 68 mil casos da doença. É um índice maior de casos que o de mulheres com câncer de mama.
Tratamento varia
As chances de cura são elevadas e o tratamento para a doença varia de acordo com o paciente. Fatores como idade, se há alguma doença relacionada ao câncer, o estágio de desenvolvimento da doença. Para detectar o tipo de tumor que o paciente possui, os urologistas utilizam o Score de Gleason, que inicia no 6 e vai até 10. “Quanto mais próximo de 6, menos agressivo é o câncer. Quanto mais próximo de 10, maior é o risco do paciente e exige outro tipo de cuidado” afirmou Recuero.
O método mais tradicional em situações que o paciente estiver em um estágio avançado da doença é a cirurgia na próstata. Ela pode ser realizada com um corte na barriga, modo mais conhecido, ou da maneira Laparoscópica, que aconteceu de pioneira em Pelotas há cerca de duas semanas. Esta última é menos invasiva, possui uma recuperação rápida e uma taxa de sangramento menor em comparação ao corte. Pacientes que estiverem em um nível entre baixo e intermediário do tumor, podem realizar acompanhamentos. Tudo de acordo com o estágio da doença.
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